Nem tudo é reciclável!
A criança é feliz, quando se mexe.
A criança aprende mais, quando se mexe.
A criança respira melhor, quando se mexe.
A criança cresce melhor, quando se mexe.
A criança parada está doente.
Criança que não aprende está parada.
Criança doente e parada é triste.
Uma Criança não é um adulto em miniatura; não precisa de nenhum diploma, tão cedo.
Não é médico, nem engenheiro. Nem pode ser a realização do sonho dos adultos.
A criança é um ser único, precisa de correr, saltar, de encontrar desafios e de trabalhar as emoções para se autoconhecer e crescer de forma sadia e feliz. Ser um participante ativo na vida em família.
Quando a frase “fica quieto” é sinónimo de “bem-comportado”, e acontece amiúde, é sinal de que algo não está bem. Nem com o adulto, nem com a criança que está a seu cargo.
E a doença da obesidade, do sedentarismo, da falta de ânimo chega, a todos, (grandes e pequenos), só porque se vive a ilusão do “futuro seguro”, futuro, esse, que assombra os sonhos dos mais velhos e cria uma panóplia de novas doenças do comportamento.
A criança vive no tempo da infância.
O “Português e a Matemática” cabem em todas as brincadeiras e, estas, não podem acontecer apenas no intervalo daquelas. O corpo e a mente da criança não podem ser alimentados de futuro. Tudo acontece no aqui e no agora.
E o aqui e agora está cheio de oportunidades: desde partilhar as tarefas em casa, na organização da escola, recreios, sociabilizar, aprender a olhar nos olhos, conversar, escutar, ser útil…. Sim, o português, a matemática, e agora as literacias tecnológicas, (invasão perigosa)podem ser importantes, mas crescer é preciso! Crescer de dentro para fora.
E há coisas que não são recicláveis. A infância é uma delas.
Já dizia Pitágoras: “Não faças do teu corpo a tumba da tua alma”.
Manuela Vieira
Manuela Vieira
Escritora, poeta e contadora de histórias.
Adoro voar com as palavras!
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